segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Animação
A percepção de que o mercado de animação tem a mesma importância que os demais gêneros de produção cinematográfica está se difundindo, diz André Luis D"Oliveira, chefe interino do departamento de cultura, entretenimento e turismo do BNDES. "Por isso, nos seus dois últimos editais de seleção pública de projetos cinematográficos, o BNDES passou a oferecer para a animação a mesma quantia que costumava oferecer para filmes de ficção", afirma D"Oliveira.Antes, o teto máximo de apoio aos filmes de animação previsto no edital do BNDES era de R$ 1 milhão. Agora, cada projeto pode receber até R$ 1,5 milhão. Neste ano, o banco recebeu 164 projetos - incluindo os gêneros ficção, animação e documentário - e a comissão julgadora aprovou 18 filmes. Desse total, dois são projetos de animação. O total de recursos disponível era de R$ 12,5 milhões, dos quais 11% foram destinados ao gênero no edital de 2008 (R$ 1,7 milhão).Os editais do BNDES são baseados na Lei do Audiovisual. "Trata-se de uma lei de incentivo fiscal cultural, como a Rouanet, só que exclusiva para obras de áudio ou vídeo", explica D"Oliveira.Além dos editais, existem os fundos de investimento de audiovisual ou Funcines. Nesse caso, o investidor deposita o dinheiro no fundo, que é gerido por uma administradora de recursos. A escolha das obras para investimento fica a cargo de um comitê formado por especialistas do setor.Uma terceira via, lançada em 2006, é o Programa de Apoio à Cadeia Produtiva do Audiovisual ( Procult). Os projetos aprovados recebem um empréstimo reembolsável. As parcelas de devolução são estudadas em cada caso, mas sempre com juros de acordo com a TJLP. Segundo D"Oliveira, esse tipo de financiamento pode ser utilizado por todas as modalidades do setor: desde a produção de filmes até a construção de salas de cinema, passando pela distribuição e prestação de serviços de infra-estrutura.Existe uma variação do programa chamada de Procult combinado. O benefício é um bônus não reembolsável de 75% sobre o valor do recurso destinado à produção. "Se uma série recebeu R$ 1 milhão para ser desenvolvida, receberá R$ 1,750 milhão", explica D"Oliveira.Para conseguir esse acréscimo, os idealizadores devem apresentar um contrato com uma co-produtora estrangeira que garanta a distribuição e exibição do filme em outros países. "Trata-se de uma forma de incentivar internacionalmente as séries de animação produzidas aqui", diz D"Oliveira.http://clipmail2.interjornal.com.br/clipmail.kmf?clip=fek7mvrb2l&grupo=265116#not7809739
domingo, 19 de outubro de 2008
Contra a pirataria
A União Brasileira de Vídeo (UBV), que reúne distribuidores e replicadores de vídeo, lançou nesta quinta, 16, o Projeto Vídeo Legal. Segundo a diretora executiva da associação, Tânia Lima, não se trata apenas de um projeto para combater a pirataria, mas de uma campanha para levar o consumidor às locadoras de vídeo. O projeto contará com campanha direcionada ao consumidor e às vídeo-locadoras. Junto ao consumidor, a campanha usará como mídia os DVDs vendidos no varejo. Dentro dos DVDs das distribuidoras que participam do projeto, virá um vale locação, que poderá ser usado nas locadoras participantes. Segundo Fábio Vianna, da Paramount, usar os DVDs vendidos no varejo fará com que a campanha atinja o target. "São pessoas que compram DVDs oficiais". Além disso, serão distribuídos vales em escolas, onde serão realizadas campanhas de conscientização para combater a pirataria. Ao todo, serão distribuídos em torno de 1 milhão de vales.Para as locadoras que aderirem ao projeto, o que é feito através do dite www.ubv.org.br, as distribuidoras oferecerão descontos, promoções e brindes. Além disso, o site servirá como um portal para informar as locadoras sobre os lançamentos, períodos de duração das janelas etc.FormaçãoAlém disso, o site trará material didático sobre gestão de negócios e marketing. "Estamos oferecendo um treinamento semelhante ao que é entregue em contratos com franqueados, só que gratuitamente", diz Fábio Vianna. Para a UBV, o material ajudará os empresários do setor a trabalhar seus estabelecimentos coma pontos de varejo, não apenas locadoras de filmes. Podem participar apenas locadoras estabelecidas como empresas, com CNPJ. Segundo a UBV, isso ajudará a fazer um mapeamento das locadoras existentes.Fazem parte do Projeto Vídeo Legal a Fox, a Europa, a Paramount, a Paris, a Play Arte, a Som Livre, a Sony, a Universal, a Warner, a Microservice, a NoviDisc, a Videolar e a MPA.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Festival de Brasília
Festival de Brasília divulga filmes selecionados da Folha Online O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro divulgou nesta quarta-feira os filmes selecionados para a sua 41º edição, que acontece entre 18 e 25 de novembro. Seis longas e 12 curtas farão parte da mostra competitiva em 35 mm; a competição de 16 mm terá 34 títulos. Considerado o mais importante evento do cinema nacional, o festival exibe, na cerimônia de abertura, cópia restaurada de "São Bernardo" (1972), de Leon Hirszman. No encerramento, a atração é "Lance Maior" (1968), de Silvio Back. Veja abaixo os seis longas que concorrem na categoria 35 mm. À Margem do Lixo, de Evaldo Mocarzel FilmeFobia, de Kiko Goifman Ñande Guarani (Nós Guarani), de André Luís da Cunha O Milagre de Santa Luzia, de Sergio Roizenblit Siri-Ará, de Rosemberg Cariry Tudo Isso Me Parece um Sonho, de Geraldo Sarno
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u456384.shtml
Novidades na animação
Fonte: Associação Brasileira de Roteiristas
Festival Um Amazonas
AINDA DA TEMPO DE MANDAR SEU ROTEIRO INSCRIÇÕES ATÉ 17 DE OUTUBRO - SEXTANA LIVRARIA VALERRUA RAMOS FERREIRA, 1.195 - CENTRO R$ 100,00 PARA PROUÇÃOMAIS EQUIPAMENTO DE FILMAGEM E EDIÇÃO ENTÃO MANDA LOGO SUA IDÉIA.
Enviado por Júnior Rodrigues
Abcs!
sábado, 11 de outubro de 2008
Festivais de cinema
Festivais na berlindaCultura e Mercado
Georgia Nicolau
Meio-ambiente, diversidade sexual, universidade, curtas, médias, documentários, longas, ficções. Grandes cidades, pequenas cidades, mídia e glamour ou filmes de baixo-orçamento, em digital ou película.
Desde o primeiro festival de cinema que aconteceu no Brasil, em 1954 em São Paulo, passando pela criação, em 1965, do mais antigo que se tem notícia, o Festival de Brasília, o circuito dos festivais nacional soma hoje 132 eventos abrangendo o mais variado espectro da produção audiovisual.
Nas últimas semanas, a importância dos festivais está sendo debatida por conta de uma declaração que o polêmico produtor Luís Carlos Barreto, o Barretão, deu à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Maior e mais antigo produtor na ativa, (completou 80 anos este ano), Barretão declarou que o Sindicato Nacional da Indústria Cinematográfica, do qual é diretor honorário, quer combater a proliferação de festivais de cinema no país. Disse ele: "O Brasil gastou neste ano mais de R$ 70 milhões nesses eventos, dinheiro captado por lei de incentivo que poderia ter sido investido em dezenas de filmes. É uma verdadeira indústria e uma concorrência predatória com os cineastas."
A proposta apresentada por ele seria a de criar um selo de qualidade para onde os cineastas poderiam enviar seus filmes. Rapidamente o Fórum dos Festivais, entidade que representa quase a totalidade destes eventos, soltou uma carta defendendo que dos 132 festivais contabilizados pela entidade, mais de 85% deles realizam exibições gratuitas, movimentando 2 milhões de espectadores ao ano, além de criar 6 mil empregos diretos.Nas listas e blogs a classe cinematográfica se manifestou. Afinal, o dinheiro investido em festivais poderia ser investido em produção? O dinheiro arrecadado via incentivos fiscais e patrocínios poderia ser destinado à construção de parques exibidores? A realização de festivais é a melhor forma de dar acesso à população brasileira ao cinema aqui produzido?
A Associação Brasileira de Documentaristas-SP, instituição que nasceu em um dos mais antigos festivais, a Jornada da Bahia, foi a única entidade a soltar um pronunciamento oficial. Em entrevista, o presidente da associação Romeu Di Sessa disse que a decisão foi tomada antes que a idéia tomasse corpo, porque os festivais são "peças fundamentais em todo o sistema cinematográfico brasileiro." Di Sessa considera a diversidade dos temas algo positivo. "Cada festival tem funções especificas, como criar badalação em cima de artistas, discutir questões indígenas, homossexuais, femininas, ambientais ou o que quer que seja, servir como plataforma comercial dos filmes, enfim, cada festival tem seus objetivos peculiares, e todos eles são válidos. Qualquer maneira de amar (cinema) vale a pena."
Para Zita Carvalhosa, fundadora e diretora do Festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo e presidente da Associação Cultural Kinoforum, que, entre outras coisas edita o Guia dos Festivais de Cinema e Vídeo, os festivais não podem ser considerados excessivos, pois atingem um público que é cúmplice de cada evento. Zita, que é também diretora do Fórum dos Festivais, acha que além de dar visibilidade aos novos produtos sendo lançados os festivais estão formando um circuito alternativo de exibição, em locais que não oferecem ao público o circuito comercial- no Brasil inteiro são apenas 2.200 salas comerciais. "Acredito que o circuito de exibição em festivais deve ser incluído na estratégia de distribuição de um filme."Se considerarmos os dados de uma pesquisa setorial feita pelo Fórum dos Festivais em parceria com a Secretaria do Audiovisual do MINC, o circuito dos festivais é hoje nacional. Os resultados mostram que excetuando Roraima e o Acre, todos os estados brasileiros possuem pelo menos um festival. No estado do Amazonas, são quatro.
Diretor do primeiro filme que Barretão participou, Roberto Farias concorda com as afirmações de que o dinheiro dos festivais poderia ser investido em mais filmes ou em salas de cinema. Porém, para o cineasta, isso não implicaria em garantia nenhuma para o setor. "Ninguém garante que não investindo em festivais os recursos irão para as salas ou para a produção." Farias defende para o cinema nacional outra proposta: de que os incentivos à produção sejam oferecidos depois do filme pronto, não antes. "Há recursos para triplicar a rendas dos filmes nacionais em forma de Adicional de Renda."Sobre a proposta dos selos de qualidade, Farias se posiciona contra. "Selos de qualidade, não. De importância, sim. Não há a menor dúvida que Festivais como o do Rio de Janeiro, de São Paulo, Brasília, Gramado, Recife, Fortaleza e Florianópolis são os mais importantes. Isso não significa que um festival como o de Tiradentes, de Parati ou São Luís do Maranhão não tenham qualidade. Cada festival tem sua característica e personalidade." Já Zita abraça a proposta de Luis Carlos Barreto, com a ressalva de que é preciso estar aberto para os novos festivais. "Acredito que alguns festivais seriam sim valorizados com uma política de selos de qualidade, mas sempre teremos eventos novos que deverão ser experimentados."
A produtora propõe um debate mais amplo sobre a qualidade dos eventos. "Temos sem dúvida festivais melhores e eventos piores como temos filmes melhores e filmes piores. Quem daria o selo de qualidade? O Fórum de Festival propõe a seus integrantes um código de ética que deve ser cumprido por seus integrantes. Esse selo garante alguns quesitos de qualidade interessantes. Mas, se ele será considerado como um selo de qualidade depende da avaliação dos que estão em busca dessa qualidade."Diante da afirmação de que alguns festivais são esvaziados e mal-programados, a presidente da Associação Kinoforum defende que um festival que não funciona deveria ter dificuldades de se financiar. "Um festival depende do que exibe e de quem assiste, sem esses elementos não dá para ter continuidade."http://www.culturaemercado.com.br/post/festivais-na-berlinda/
Recebido pela Associação Brasileira de Roteiristas
Casa Branca "incentiva" filmes de guerra
Hollywood a serviço do pentágonoHá mais de 90 anos o Departamento de Defesa orienta a produção dos filmes de guerra americanos, que retratam os conflitos de acordo com os interesses estratégicos da Casa Branca
por Victor Battaggion Luz, câmera... ação! Há quase um século os produtores americanos despejam nas salas de cinema uma quantidade impressionante de filmes de guerra que fascinam espectadores em todo o mundo. Mas será que esses aficionados sabem que muitas dessas obras jamais veriam a luz do dia sem o apoio do Departamento de Defesa dos Estados Unidos? Que este, ao conceder ajuda às produções, cuida de sua imagem junto ao público, favorece sua política de recrutamento, exerce censura e apresenta a guerra como uma solução necessária?
Produzir um filme custa caro. Preocupados em economizar, alguns cineastas pedem todo tipo de ajuda ao Pentágono: imagens de arquivo, assessoria técnica, acesso a equipamentos de última geração, autorização para filmar em instalações militares etc. Para isso, os criadores submetem seus roteiros a um dos muitos escritórios do Pentágono responsáveis por fazer a ponte entre os militares e Hollywood. Após várias leituras atentas do roteiro, os oficiais das Forças Armadas decidem dar ou não o sinal verde para a produção. Os termos da colaboração são então inscritos em um contrato restritivo: “A produção deverá ajudar os programas de recrutamento das forças armadas. (...) A companhia produtora consultará o Departamento de Defesa para todas as cenas militares durante a preparação, filmagem e montagem”. Segundo Philip Strub, assessor especial de mídia e entretenimento do Departamento de Defesa, “é nosso interesse participar da produção de filmes”.
As premissas dessa troca de gentilezas datam praticamente do nascimento do cinema, quando o clássico O nascimento de uma nação, de D. W. Griffith (1915), contou com assessoria técnica do exército americano. O primeiro escritório específico para o contato com Hollywood foi aberto pelo Pentágono nos anos 20. A primeira colaboração em grande escala data de 1927, quando as filmagens de Wings (Asas), de William Wellman, contaram com a participação de um conselheiro técnico militar da divisão aérea do exército de terra. Para ler as continuações, clique no link "fonte" acima ou vá para:Parte 2 : http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/hollywood_a_servico_do_pentagono_2.htmlParte 3:http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/hollywood_a_servico_do_pentagono_3.htmlParte 4:http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/hollywood_a_servico_do_pentagono_4.html