BNDES eleva volume de recursos dedicado a produções do segmentoi
A percepção de que o mercado de animação tem a mesma importância que os demais gêneros de produção cinematográfica está se difundindo, diz André Luis D"Oliveira, chefe interino do departamento de cultura, entretenimento e turismo do BNDES. "Por isso, nos seus dois últimos editais de seleção pública de projetos cinematográficos, o BNDES passou a oferecer para a animação a mesma quantia que costumava oferecer para filmes de ficção", afirma D"Oliveira.Antes, o teto máximo de apoio aos filmes de animação previsto no edital do BNDES era de R$ 1 milhão. Agora, cada projeto pode receber até R$ 1,5 milhão. Neste ano, o banco recebeu 164 projetos - incluindo os gêneros ficção, animação e documentário - e a comissão julgadora aprovou 18 filmes. Desse total, dois são projetos de animação. O total de recursos disponível era de R$ 12,5 milhões, dos quais 11% foram destinados ao gênero no edital de 2008 (R$ 1,7 milhão).Os editais do BNDES são baseados na Lei do Audiovisual. "Trata-se de uma lei de incentivo fiscal cultural, como a Rouanet, só que exclusiva para obras de áudio ou vídeo", explica D"Oliveira.Além dos editais, existem os fundos de investimento de audiovisual ou Funcines. Nesse caso, o investidor deposita o dinheiro no fundo, que é gerido por uma administradora de recursos. A escolha das obras para investimento fica a cargo de um comitê formado por especialistas do setor.Uma terceira via, lançada em 2006, é o Programa de Apoio à Cadeia Produtiva do Audiovisual ( Procult). Os projetos aprovados recebem um empréstimo reembolsável. As parcelas de devolução são estudadas em cada caso, mas sempre com juros de acordo com a TJLP. Segundo D"Oliveira, esse tipo de financiamento pode ser utilizado por todas as modalidades do setor: desde a produção de filmes até a construção de salas de cinema, passando pela distribuição e prestação de serviços de infra-estrutura.Existe uma variação do programa chamada de Procult combinado. O benefício é um bônus não reembolsável de 75% sobre o valor do recurso destinado à produção. "Se uma série recebeu R$ 1 milhão para ser desenvolvida, receberá R$ 1,750 milhão", explica D"Oliveira.Para conseguir esse acréscimo, os idealizadores devem apresentar um contrato com uma co-produtora estrangeira que garanta a distribuição e exibição do filme em outros países. "Trata-se de uma forma de incentivar internacionalmente as séries de animação produzidas aqui", diz D"Oliveira.http://clipmail2.interjornal.com.br/clipmail.kmf?clip=fek7mvrb2l&grupo=265116#not7809739